domingo, 18 de julho de 2010

XXXV - Mea culpa

Erro, não nego,
E assim devo...
Devo entrar num patamar
Que é o meu.
Erros que cometo,
Me levam ao desespero...
E erro recorrentemente,
na hora de falar,
Erro, não nego...
O que digo sem controle,
Me leva à beira do desaforo,
Da má interpretação.
Meus erros...
Porque meus erros fonéticos,
Erram caquéticos,
Os outros sofrem quietos.
Combino fonemas errados,
E minhas falas, milhões de poemas,
Saem todos esqueléticos,
farpados.

E todo perdão que pedi,
Todo ser que magoei,
Hoje entendo...
Entendo o fato de ter dito demais,
Demais coisas erradas,
Coisas desfaladas,
agindo como farpas...
Destruindo todas as harpas,
Evocando as harpias
Dos meus medos e insegurança,
Ai, Ai de mim, desgraçado,
que eu falo sempre que quero dizer,
termina errado...
Porque chega ao ouvido tudo ao contrário.

Erro recorrentemente, não nego,
E vou mudar.
Porque a poesia maior está em se superar.

Um poeta que não sabe se expressar.

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