domingo, 4 de julho de 2010

XXI - Mão do Mercado

No princípio era o Verbo
E do verbo fez-se a carne
E da carne fez-se o pensar
Do ponderar, fez-se a troca.

E a troca, o Mercado,
Do Mercado fez-se a roca,
E da roca fez-se o lucro,
E do lucro se especula,
Onde este se acumula.

E o Mercado ri-se em júbilo
Por ter sua Mão Invisível,
Tomado Princípio estúpido,
Quando esta só não passa
De ser a justificativa do egoísta,
Ser mais egoísta,
Enojando qualquer pobre artista,
Que se ouse dizer poeta.

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