domingo, 19 de setembro de 2010

XLIII

Amor como não sujeito
No fluxo imperfeito
Do sobremodo completo
E tudo quanto complexo
Minhas palavras formam amplexo
De não ser o que sejamos,
Amores sujeitos...
Amores de nós mesmos,
amores fortes...
Porque todo amor só existe
Só persiste quando expande.

Expandamo-nos então.

domingo, 5 de setembro de 2010

XLII - Maghero

Enquanto a lua corre
E o sangue flui
Não tem mais de muito
E o tempo escorre
Pelas veias
do que não morre.
É força do que não é forte.
É o tempo da palavra
É o canto que não dito
Maldito, destrona a lavra
Do intento perfeito,
De sejamos direitos
De dizer da lava o proveito,
porque ao sofrimento,
 a vida magra,
estamos todos sujeitos.