domingo, 26 de dezembro de 2010

XLIX

É com verdade
Que trote some
Diga à tarde
[que] não tem um nome
O mundo sumiu dos pés
Ante a claridade:
Pior viver na maldade,
Sem caminho, nem fé!
Muito covarde
É um empenho qualquer
Sem saber o que se é,
Deixando-se levar
Por sorriso de mulher

Ou me mate
[Ou] me deixe no chão
Não me leve
Em regime d’escravidão!

Bem, quem sabe?
A hora é só um detalhe,
Que o tempo marcou na solidão.
E a vida é só um entrave
Na tua dignidade,
E por isto co’ela acabe,
E crie paixões que vem e vão...!
Mas que se’a uma criança,
Um pivete invocado,
Pra levar de cada lado,
A paz, a alma, o coração.
Bem, quem sabe?

É com verdade.
Que se molda um caráter,
Ainda mais quando
ela é destruição.

Nem quero mais falar,
Só me resta cantar,
No lamento...
No mar, pranto.

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